Na escola, o estudo de Geografia abrange uma ampla gama de assuntos, incluindo países, capitais, tipos de terreno, conflitos geopolíticos, relevo e tipos de rochas. Além disso, também se aprende sobre climas, biomas, recursos naturais, população, urbanização, entre outros temas relacionados à Terra e aos seus habitantes.
No entanto, é verdade que existem muitas curiosidades geográficas interessantes nem sempre são abordadas nas aulas escolares. Por exemplo, fenômenos naturais raros, formações geológicas únicas, ou curiosidades sobre culturas e sociedades diferentes.
7 curiosidades geográficas
A Geografia é uma ciência vasta e repleta de informações fascinantes, que merece ser estudada com atenção e profundidade. A seguir, listamos 7 curiosidades geográficas interessantes:
1. Ponto Nemo: o local mais isolado
O Ponto Nemo é um local de extrema isolamento, situado no Pacífico Sul. Devido à sua localização, ele é uma das áreas mais remotas do mundo e, como resultado, é um local único para estudar a vida marinha e a biologia oceânica.
Além disso, o Ponto Nemo também é importante para a comunidade científica porque permite a colocação de satélites e outros equipamentos de pesquisa em órbita, longe das interferências da terra e das populações humanas.
No entanto, o Ponto Nemo também apresenta desafios logísticos para o acesso e a pesquisa. Devido à sua localização remota e aos mares tempestuosos, é difícil enviar navios e equipes de pesquisa para a área.
Além disso, as condições climáticas adversas e as correntes oceânicas fortes tornam a navegação no local desafiadora.
No geral, o Ponto Nemo é um lugar único e fascinante, oferecendo uma janela para a vida marinha e a biologia oceânica.
Sua localização remota e seus desafios logísticos tornam a pesquisa no local um desafio, mas também oferecem a oportunidade de descobrir coisas novas e fascinantes sobre o oceano e a vida marinha.
Interessantemente, há pessoas vivendo a apenas 400 km do Ponto Nemo, na Estação Espacial Internacional, que passa sobre o local periodicamente.
2. A cerca Dingo
A Cerca Dingo é a mais extensa do mundo, com 5.614 km, cortando o país aproximadamente ao meio.
Construída no século XIX para proteger o rebanho de ataques de cães selvagens (dingos), ela é mais longa que a fronteira entre Rússia e China (4.209 km) e a distância entre Oiapoque (Amapá) e Chuí (Rio Grande do Sul) no Brasil (4.174 km).
A Cerca Dingo foi um projeto importante para a economia agrícola da Austrália, já que ajudou a proteger as ovelhas dos dingos e a preservar a pecuária. Até hoje, a cerca ainda é utilizada como medida de proteção para os rebanhos de ovelhas da região.
3. O maior deserto do mundo não é o Saara
O maior deserto do mundo não é o Saara. Conforme a definição de desertos, locais com pouca precipitação anual, menos de 250 mm, a Antártida é o maior deserto do mundo, com uma área de 13,8 milhões de km² e uma precipitação anual de 51 mm, incluindo chuva e neve.
O Saara ainda é o maior deserto quente, mas é apenas o segundo maior se considerarmos também os desertos frios.
Além de ser o maior deserto do mundo, a Antártida também é considerada o ambiente mais frio da Terra, com temperaturas médias anuais abaixo de -10°C e os mínimos registrados chegando a -89°C, no Pólo Sul.
É um ambiente hostil, com pouca presença humana e muitas características únicas, como a formação de tempestades de neve e ventos fortes, além de ser a casa de diversos animais e plantas adaptadas a essas condições adversas.
A Antártida é protegida por tratados internacionais, usada como área de pesquisa científica.
4. Ilha dividida entre países
A Ilha dos Faisões, localizada no rio Bidassoa, alterna seus países de pertencimento a cada seis meses. De um lado da ilha, está a França, e do outro lado, a Espanha. Esta divisão começou com a assinatura do Tratado dos Pirineus, que pôs fim à Guerra dos Trinta Anos, assinado exatamente na ilha.
A Ilha dos Faisões, com cerca de 200 metros de comprimento, fica entre Irun, na Espanha, e Hendaia, na França. Ela está a 10 metros do lado espanhol e 20 metros do francês do rio Bidassoa.
Com formato elíptico e coberta de árvores, a ilha possui uma lápide no centro que simboliza a importância histórica do local onde foi assinado o Tratado.
Somente funcionários responsáveis pela manutenção da ilha têm permissão para acessá-la. Interessantemente, a ilha não pertencia a nenhum país antes da assinatura do tratado.
5. A maior fazenda do mundo é maior que Sergipe
A maior fazenda do mundo, a Estação Anna Creek, situa-se no sul da Austrália e é a maior propriedade privada do mundo. Com uma área de 23,7 mil km², é mais ampla que o estado de Sergipe, com 21,9 mil km².
Fundada em 1863, a fazenda foi afetada por uma seca na primeira década do século XXI, levando a população de animais a cair drasticamente para apenas 1,5 mil cabeças em 2008.
No entanto, com o passar do tempo e a melhoria das condições climáticas, a população de animais na fazenda já voltou ao normal, com cerca de 20 mil cabeças. A Estação Anna Creek é uma propriedade que possui uma história rica e é uma referência no setor de pecuária na Austrália.
6. Ilhas próximas com 24 horas de diferença
As Ilhas Diomedes, localizadas no centro do Estreito de Bering, apesar de estarem apenas a 4 km de distância, possuem uma diferença horária de 24 horas.
A Diomedes Maior, também conhecida como Ilha de Ratmanov, faz parte da Rússia, enquanto a Diomedes Menor é parte dos EUA. A linha internacional de data divide as duas ilhas, fazendo com que, enquanto é 6h da manhã de sábado na ilha americana, na russa já seja 6h da manhã de domingo.
As Ilhas Diomedes são um exemplo único de como a linha do tempo pode variar em pequenas distâncias. Essas duas ilhas são habitadas por uma população de poucos centenas de pessoas, com a maioria dedicada à pesca e à caça.
Embora sejam pequenas, as Ilhas Diomedes têm uma história interessante de disputas territoriais, com ambos os países lutando pela sua soberania ao longo dos anos. Além disso, a localização remota das ilhas e a diferença horária entre elas fazem com que sejam uma atração para aventureiros e viajantes.
7. A grandeza do Oceano Pacífico
Você já ouviu falar sobre pontos antípodas? Em linhas gerais, são “o outro lado do planeta”. No caso da Terra, é como se você cruzasse o planeta por seu interior e chegasse ao oposto do mundo.
O Oceano Pacífico é tão grande que tem até seu próprio ponto antípoda: regiões do litoral peruano são opostas geograficamente a partes da costa sudeste da Ásia. Na verdade, a ilha Ko Chang, a segunda maior da Tailândia, é virtualmente antípoda à ilha São Lorenzo, a maior do Peru.
Sendo o maior oceano do mundo, cobrindo uma área de aproximadamente 63,8 milhões de km² e representando cerca de um terço da superfície terrestre total. Além disso, o Oceano Pacífico possui a maior profundidade conhecida, o Fossa das Marianas, que mede cerca de 11 km de profundidade.
Ver também