Uma escavação na cidade de Valencina de la Concepción, na Espanha, encontrou relíquias pré-históricas na construção megalítica chamada de “Tholos de Montelirio”. Dentre os objetos raros encontrados durante a pesquisa, estavam armas de cristal — objetos mortais feitos com pedras quase preciosas.
As escavações feitas em Valencina de la Concepción serviram para mostrar que mesmo em 3000 a.C., período do qual as armas foram datadas, os seres humanos já tinham algum tipo de fixação por cristais. Além das incríveis armas feitas desse material, os pesquisadores também encontraram no local algumas mortalhas, mantas utilizadas para enrolar cadáveres, decoradas com pequenas pedras de âmbar.
O local da escavação
A região onde fica Tholos de Montelirio foi objeto de escavação entre os anos de 2007 e 2010. A gruta foi construída originalmente com lajes feitas de argila, percorrendo um total de 43 metros, onde rituais de enterro eram feitos. O território sempre foi conhecido como boa região para a escavação de metais e, consequentemente, de cristais.
Ao que fica aparente, as pessoas que trabalhavam em Tholos de Montelirio aprenderam a moldar cristais de quartzo em armas. Entretanto, segundo especialistas, o local onde foram encontradas as armas não é associado com o tipo de cristais de rocha achados ali, o que indica que o material foi importado no passado.
Armas de cristal eram para a elite
Durante as escavações de Tholos de Montelirio, os arqueólogos encontraram mais de 20 indivíduos enterrados na câmara principal. Junto deles estavam algumas adagas de pedra, pedaços de marfim e algumas miçangas, mas nada que associasse as pedras de cristais, que ficavam em uma câmara separada, a eles. No total das armas de cristal, foram encontradas 10 pontas de flecha, quatro laminas e o núcleo de pedras de cristal no local.
Ao que os estudos indicam, as lâminas preciosas poderiam ser frutos de rituais espirituais voltados principalmente para a elite, visto que muitas civilizações acreditavam no simbolismo das pedras preciosas. Portanto, o fato das armas de cristal terem sido encontradas em uma câmara com uma maçaneta de marfim, outro material não derivado da região e de grande valor, sugere que estas eram parafernálias fúnebres para membros da elite espanhola.
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