Médicos em um hospital de emergência em Baltimore estão aplicando pela primeira vez a técnica de “animação suspensa” ou “preservação e ressuscitação emergencial (EPR)” em pacientes graves e de urgência.
A técnica foi apresentada em um estudo da Universidade de Maryland e anunciada em um simpósio na Academia de Ciências de Nova York em 2019.
A inovadora sugestão clínica é um avanço para a medicina e a efetividade do tratamento de traumatismos graves e paradas cardíacas.
A técnica de “animação suspensa” envolve a injeção de uma solução congelante na artéria aorta do paciente, resfriando-a a uma temperatura entre 10 °C e 15 °C, permitindo que a equipe médica tenha mais tempo, cerca de 2 horas, para salvá-lo.
Sobre a técnica de animação suspensa
O EPR retarda os processos fisiológicos e a atividade cerebral sem ameaçar a vida do paciente, acompanhado apenas por meios externos. A “animação suspensa” foi desenvolvida para ganhar mais tempo de tratamento, sem prejudicar as trocas de gases ou os processos celulares e involuntários que precisam de oxigênio para ocorrer.
Com a desaceleração das funções corporais, há uma menor demanda por oxigênio, tirando o corpo da emergência e colocando-o em um estado de “sonolência”.
Samuel Tisherman, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Maryland, declarou em uma conferência que quer evitar comparar sua pesquisa com ficção científica, apesar de admitir que o congelamento corporal realmente acontece.
“Achamos que era hora de levarmos isso para nossos pacientes”, disse Tisherman. “Quando pudermos comprovar que nossa técnica funciona, poderemos ampliar sua aplicabilidade e ajudar pacientes que de outra forma não sobreviveriam”.
Inicialmente, o processo foi testado em porcos, mostrando que os animais voltaram à vida sem efeitos colaterais após o procedimento, cerca de 3 horas depois. Tisherman também confirmou que sua equipe já testou o EPR em mais de uma pessoa, mas os resultados em humanos ainda não foram revelados.
A técnica de “animação suspensa” parece ser uma proposta inovadora e promissora no tratamento de pacientes graves e em situações de emergência médica. É importante que continuemos a monitorar os avanços e resultados da pesquisa para entender melhor sua eficácia e segurança.
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