Por ser um veículo que foi adquirido por um preço bem a baixo do mercado, a desvalorização desse automóvel é bem maior, sendo em torno de 20 % do valor do mercado. Mas mesmo com essa característica negativa é evidente o crescimento do interesse do brasileiro em relação a compra de veículos de leilão.
O que faz com que esses veículos se desvalorizem é a reputação que o leilão de veículos tem. Principalmente em cidades onde essa prática é menos difundida, os consumidores têm receio em fazer negócio com esse tipo de veículo, o que acaba desvalorizando os carros na região. Para quem deseja comprar um carro de leilão é aconselhável analisar a situação e ver se vale a pena ou não fazer esse negócio, pois cada caso e necessidade são específicos.
Veja alguns motivos de desvalorização:
1 – Conservação
Motor não deve estar muito limpo, o que pode ser sinal de que houve vazamentos , o que conta na desvalorização
2 – Quilometragem
Na maioria dos casos, um carro de 30 mil quilômetros rodados vale mais do que o modelo que rodou 60 mil. Ainda conforme o vendedor autônomo, se o seu carro estiver com quilometragem baixa, você poderá pedir um valor acima da tabela FIPE por ele. Confira também se o estado de conservação do carro bate com a quilometragem, e fique esperto nos vendedores de má fé que alteram os dados da central em uma tentativa de enganar seus clientes.
Entretanto, é bom lembrar que pode acontecer de um carro com quilometragem relativamente alta valer um pouco mais que um que rodou menos. Isso vai depender do estado geral do veículo. Existe a chance do que foi menos usado apresentar uma série de defeitos, que podem ter aparecido, inclusive, por mau uso, como queimar embreagem, passar em valetas e lombadas acima da velocidade ideal, ou exagerar ao pisar no acelerador.
3 – Modificação
Algumas modificações podem reduzir drasticamente o preço do seu carro. Você instalou aparelho de som com módulo ou colocou rodas diferentes? Ou ainda trocou as rodas e pneus originais por um conjunto maior? Vale a pena tirar todos esses itens na hora de apresentar seu carro para possíveis clientes. A maioria prefere tudo original, do jeito que foi concebido pela fabricante. Sempre revise isso, ante de ver um carro no leilão judicial online ou presencial.
4 – Origem
O vendedor entrevistado também aponta que há uma rejeição do mercado por carros de origem litorânea. A maresia causa corrosão de objetos metálicos no veículo. podendo afetar até a lataria. De fato, os carros mais modernos possuem uma proteção antiferrugem que acaba evitando esse problema, mas algumas avarias na lataria podem comprometê-la. Terminais de bateria, conectores elétricos, filtros de ar e equipamento de lubrificação também estão entre os equipamentos mais afetados.
Carros de regiões distantes também levantam algumas suspeitas. Portanto, um carro com placa de Salvador (BA), por exemplo, terá menos valor em São Paulo. Mesmo que tudo esteja em ordem, isso acaba levantando suspeitas que reduzem o preço do veículo. Vale lembrar de conferir a documentação, como multas ou regulamentações.
5 – Leilão
Para começar, não é ilegal vender veículo de leilão, a não ser que ele esteja sinistrado (recuperado de roubo ou seguradora). Leilão de carros chegam a custar 30% a menos, mas existem alguns riscos. Isso porque o carro é vendido no estado em que se encontra, e não há qualquer garantia. Portanto, vale checar se o carro que você está comprando não foi fruto de um leilão, ou recuperado no passado.
Além do leilão de carros, se estiver de olho em outros veículos, tais como caminhões, barcos, leilão de motos, sempre faça essa conferência e identifique a desvalorização de cada um.